A Causa

A Casa Ronald McDonald ABC é muito mais do que um lugar de acolhimento; é um símbolo de luta e esperança para crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer. Diariamente, enfrentamos o desafio de transformar a realidade de famílias que enfrentam uma das batalhas mais difíceis de suas vidas.

O câncer infantojuvenil é uma doença que vai além dos impactos físicos. Ele atinge toda a estrutura familiar, gerando desafios emocionais, sociais e financeiros. Muitas famílias precisam deixar suas casas, trabalhos e cidades em busca de tratamento adequado para seus filhos. É nesse momento que a Casa Ronald McDonald ABC entra como um porto seguro.

Em conjunto com o Instituto Ronald McDonald, a Casa Ronald McDonald ABC também se preocupa com a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, atuando na conscientização da sociedade sobre os sinais e sintomas que podem salvar vidas. Acreditamos que a informação é uma das ferramentas mais poderosas na luta contra essa doença, e por isso, investimos em iniciativas que ajudam a detectar o câncer o mais cedo possível, aumentando significativamente as chances de cura.

O CÂNCER

O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).

Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.

Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Fonte: INCA

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

De acordo com a coordenadora de oncologia e hematologia do Hospital da Criança José de Alencar, em Brasília (DF), Isis Magalhães, o diagnóstico precoce é sempre importante, mas se torna essencial na luta contra o câncer em crianças. “Nossa principal ação médica é diagnosticar precocemente. Para isso, dependemos do médico pediatra geral, que acompanha a criança regularmente, e da conscientização desses profissionais sobre a necessidade de considerar o diagnóstico diferencial. É crucial investigar a possibilidade de câncer”, destaca a especialista.

ALERTA AOS SINTOMAS

Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea.

Inchaço abdominal.

Caroços ou inchaços – especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção.

Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias).

Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna.

Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção.

Alterações oculares – pupila branca, estrabismo de inicio recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos.